sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Do Beco ao Belo: 10 teses sobre o Regionalismo - Ligia Chiappini

Texto disponível na íntegra em:
http://docs.google.com/fileview?id=0B8FyFCZbHfmtOWJlNGU5OGUtMGQ2NS00ZjZkLTgzYWEtZWRlZDA2NmM3NWY0

Região, Sertão, Nação - Janaína Amado

No conjunto da história do Brasil, em termos de senso comum, pensamento social e imaginário,poucas categorias têm sido tão importantes, para designar uma ou mais regiões, quanto a de “ser-tão”. Conhecido desde antes da chegada dos portugueses, cinco séculos depois “sertão” permanece vivo no pensamento e no cotidiano do Brasil, materializando-se de norte a sul do país como sua mais relevante categoria espacial: entre os nordestinos, é tão crucial, tão prenhe de significados,que, sem ele, a própria noção de “Nordeste” se esvazia, carente de um de seus referenciais essenciais. Que seriam de Minas Gerais, Goiás ou Mato Grosso sem seus sertões, como pensá-los? Em Santa Catarina, ainda hoje se emprega a expressão “sertão” para referir-se ao extremo oeste do Estado. Em partes do Paraná, a mesma expressão identifica uma área do interior de outro estado, São Paulo, próxima a Sorocaba (provavelmente, uma reminiscência dos antigos caminhos das tropas). No Amazonas, “sertão de dentro” refere-se à fronteira do estado com a Venezuela, enquanto, no interior do Rio Grande do Sul, “sertão de fora” também nomeia área de fronteira, porém situada... no Uruguai!
“Sertão” é, também, uma referência institucionalizada sobre o espaço no Brasil: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), designa oficialmente uma das subáreas nordestinas, árida e pobre, situada a oeste das duas outras, a saber: “agreste” e “zona da mata”.

Texto disponível na íntegra em:
http://docs.google.com/fileview?id=0B8FyFCZbHfmtM2E2NmNmNTAtZGVmOS00NDkyLWEwMDAtNzVkYmQyMTM3MmRh&hl=en